Resenha: A Culpa É Das Estrelas - John Green

Título: A Culpa É Das Estrelas
Autor(a): John Green
Editora: Intrínseca 
Páginas: 288
SKOOB


Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

Eu sempre achei linda essa capa. O azul é chamativo e perfeito com essas nuvens. O comentário do Markus Zusak é legitimo, porque foi exatamente o que senti lendo o livro. Enfim, mais uma vez a Intrínseca arrasou no design.


Hazel Grace é uma garota de dezesseis anos que tem câncer terminal e não possui esperanças de cura, o que prolonga a sua vida é o Falanxifor um remédio inovador que ajuda a controlar a situação, mesmo assim ela precisa andar para todo lado com um tubo de oxigênio. Deprimida com a iminente morte e com as consequências que isso trará para aqueles que ama ela prefere viver isolada, evitando criar relações e magoar mais pessoas que o necessário. No entanto, sua mãe a obriga a ir a um Grupo de Apoio para jovens com câncer.

E é lá que ela conhece o encantador Augustus Waters, um garoto que teve osteossarcoma e que perdeu uma perna por causa disso. Rapidamente eles se tornam amigos e a relação deles evolui para algo mais. Porém como se deve proceder quando você é uma granada e tenta minimizar os danos? E aos poucos Hazel vai perceber que se for para enfrentar a morte nada melhor de que ao lado de alguém que você ama.

Primeiramente, gostaria de dizer que estou apaixonada por John Green e pelo seu jeito de escrever. A óptica sobre a qual ele coloca o tema é o diferencial do livro. Retratando a rotina de uma pessoa com câncer de modo singular, não é aquele velho (e clichê) livro maçante e deprimente com personagens doentes. Obviamente, existe a melancolia de se estar morrendo, mas acima de tudo ele retrata como eles são pessoas normais que tem VIDAS NORMAIS, apesar de tudo.  

E se você acha que o livro é só sobre isso, está redondamente enganado. Ele é sobre como nossas decisões afetam as pessoas, e como podemos inconscientemente machuca-las e como nada está em nossas mãos, mas sim na do, às vezes cruel, Universo. E como tudo pode ser infinitamente doloroso ao mesmo tempo em que é imensamente bom. Pode parecer contraditório, mas é assim que o John faz você se sentir. Em um momento eu estava com lágrimas nos olhos e mal elas haviam parado de escorrer eu já estava rindo de alguma piada ou reflexão metaforizada do Augustus.

E agora vamos a esses personagens INCRÍVEIS. Parece que para o John Green não bastava criar uma história cheia de ensinamentos e metáforas que nos fizessem refletir sobre a vida. Ele tinha que criar também personagens maravilhosos que encantam e deixam saudades quando você termina o livro. Bom, Hazel Grace é sarcástica e tem uma visão interessante sobre a doença e sua convivência com ela, uma personagem muito agradável e espirituosa.

Augustus Waters é simplesmente um dos personagens mais autoconfiantes e perspicazes que existem, o cara é praticamente uma metáfora ambulante. A todo o momento ele nos faz rir com suas sacadas inteligentes e reflexões audazes. Apenas um trecho que já deixa logo de cara o quanto ele é genial: 
“- Eles não matam se você não acender - disse ele quando mamãe parou junto ao meio-fio. - E eu nunca acendi nenhum. É uma metáfora. Tipo: você coloca a coisa que mata entre os dentes, mas não dá a ele o poder de completar o serviço.” pág. 26 
Uma coisa que eu não poderia deixar de comentar. São as mil e umas emoções que essa história te faz sentir. O fragmento:
“(...) nunca Shakespeare esteve tão equivocado como quando fez Cássio declarar: ‘A culpa, meu caro Bruto, não é das estrelas/ Mas de nós mesmos.’” pág. 106
É de onde vem nome do livro e nada mais justo, sempre adorei esse nome e amei mais ainda ao saber o significado, que acerta em cheio. Afinal, a quem mais culpar senão o Universo por esse infortúnio? Porque na há nenhum vilão para se vingar, não existe uma pessoa que você possa encarar cara a cara e confrontar, pois o mal está dentro deles, eles são o mal. E como batalhar e tentar se salvar, quando você mesmo (o seu corpo) é o vilão? Como o Gus sabiamente elucida: É como se fosse uma guerra civil.

Eu diria que esse é o livro das contradições, tudo é tão delicioso e triste e posso dizer que tive meu coração destruído pelo final, eu simplesmente não conseguia parar de chorar nas últimas 60 páginas. Uma imagem para ilustra minha reação:

                                           

Eu super recomendo esse livro, a leitura flue fácil e a história é magnífica e tenho certeza de que como eu, no final você também odiará o Universo, mas, afinal “ele apenas quer ser notado”. 


Classificação:

2 comentários:

  1. Eu queria ter curtido ACEDE tanto quando você, mas eu detestei ele com todas as minhas forças. Levei um mês pra ler entre idas e vindas.
    Ainda bem que consegui me surpreender lendo Will & Will que ele escreveu com Levithan, mas não quero ler mais nada do autor sozinho.

    Beijos
    www.leitoraincomum.com

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  2. Nossa! Gostei muito desse livro.
    E confesso! Que assim que terminei de ler eu queria um pouco de quero mais.

    Eu fiz uma comparação em meu blog do filme e o livro!
    "Pois sei que muitos blogueiros, já fizeram essa resenha". :)

    Confere ai: umbaixinhonoslivros.blogspot.com.br/2014/10/comparacao-1-culpa-e-das-estrelas-livro.html

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