Resenha: A Marca de Atena - Rick Riordan

Título: A Marca de Atena
Autor(a): Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 480

Annabeth está apavorada. Justo quando ela está prestes a reencontrar Percy - após seis meses afastados por culpa de Hera -, o Acampamento Júpiter parece estar se preparando para o combate. A bordo do Argo II com os amigos Jason, Piper e Leo, ela não pode culpar os semideuses romanos por pensarem que o navio é uma arma de guerra grega: afinal, com um dragão de bronze fumegante como figura de proa, a fantástica criação de Leo não parece mesmo nada amigável. Annabeth só pode torcer para que os romanos vejam seu pretor Jason na embarcação e compreendam que os visitantes do Acampamento Meio-Sangue estão ali em missão de paz.Os problemas de Annabeth não param por aí - ela carrega no bolso um presente da mãe, que veio acompanhado de uma ordem intimidadora: Siga a Marca de Atena. Vingue-me. A guerreira já carrega nas costas o peso da profecia que mandará sete semideuses em busca das Portas da Morte. O que mais Atena poderia querer dela?O maior medo de Annabeth, no entanto, é que Percy tenha mudado. E se ele já estiver habituado demais aos costumes romanos? Será que ainda precisará dos velhos amigos? Como filha da deusa da guerra e da sabedoria, Annabeth sabe que nasceu para liderar; no entanto, também sabe que nunca mais vai querer viver sem o Cabeça de Alga.

A Marca de Atena, terceiro volume da série Os Heróis do Olimpo, dá continuidade a sequência de fatos apresentados em O Herói Perdido e O Filho de Netuno. Finalmente, temos a fusão/confronto dos dois universos que tinham sido expostos separadamente até agora: grego e romano. 

Annabeth reencontra Percy, e apesar da hostilidade que emana entre gregos e romanos, nossos semideuses conseguem explicar que precisam ir para as terras antigas, ou seja, Roma e, posteriormente Grécia, para tentar impedir que Gaia retorne e acabe com o mundo. Mas, se tratando de amigos de Percy Jackson e ainda por cima de semideuses claro que a sorte não estaria por muito tempo do lado deles, e é aí que as coisas começam a dar errado, muito errado. Por um mal entendido o Argo II acaba bombardeando o Acampamento Júpiter e os sete semideuses da profecia deixam as pressas o local, com os romanos em seu encalço. Como se eles já não tivessem monstros o suficientes para atrapalhar a missão.

Assim, pelo ponto de vista de Annabeth, Leo, Piper e Percy acompanhamos os diversos contratempos enfrentados tanto de ataques exteriores quanto de desentendimentos internos, sem falar que agora os romanos acham que os gregos são inimigos, que Nico está prestes a morrer e Roma prestes a ser destruída e que o Argo II, criação magnífica de Leo, não consegue ficar longe de ataques, e claro, a tal Marca de Atena, algo que pode acabar com a rixa secular entre as duas mitologias, mas que carrega um mau presságio agourento. 

A Marca de Atena é mais do mesmo do que já nos foi apresentando nos outros dois livros, com o diferencial que agora toda a equipe está junto e, finalmente partirmos em direção a missão principal, aquela que realmente importa: fechar as Portas da Morte e deter Gaia. 

Eu disse na resenha do livro anterior que estava ansiosa para ver como tantos personagens tão diferentes trabalhariam juntos; como a relação Leo-Hazel-Frank se desenrolaria, como finalmente, depois de SETE LIVROS, seria ter Annabeth e Percy juntos, namorando, como Piper e Jason superariam suas diferenças (mas quem liga para eles, né? Temos Percabeth!!!). E atritos, desconfianças, reclamações, choques de personalidade e de grandeza (Percy e Jason são vocês?) surgem. Achei interessante o modo como Rick Riordan lidou com o entrosamento do grupo, pois não é plausível você jogar pessoas diferentes juntas e elas se darem bem de cara, por mais que lutem por um objetivo em comum. Porém, as experiências que eles vivenciam os fazem notar o quanto são diferentes, e é agradável observar a evolução dessas relações de um estranhamento para uma sincera amizade, afinal experiências de quase morte unem as pessoas. 

Minha reação nas cenas/diálogos Percabeth
Foi inteligente da parte do Rick escrever o livro do ponto de vista de apenas quatro personagens, do contrário acredito que teria se tornado uma leitura maçante. Nossos já queridos personagens continuam lutando bravamente, improvisando ao longo do caminho. Percebi um leve amadurecimento por parte da Piper, e Percy é Percy afinal. Mas, você tem ideia de como é finalmente saber o que se passa na cabeça da Annabeth? É incrível! Ela sempre foi minha favorita e agora sei o quão brilhante ela realmente é! E sem palavras para Leo, acho que devíamos mudar o nome da série para algo como “Leo arrasa” ou “Leo chuta a bunda de monstros e salva todos”. E a Gaia ainda tem a coragem de dizer que ele é o excluído,o que sempre arruinará tudo. Fala sério! Sem ele essa missão não teria sido nem possível!

Nesse volume senti que o humor típico da escrita do Rick está um pouco refreado, talvez porque o clima da história esteja ficando sombrio, mas a não ser por Percy e Leo o humor está escasso. O livro segue o mesmo ritmo dos anteriores, temos pistas sendo jogadas pelo caminho, pequenas peças de um quebra cabeça distribuídas ao longo da trama, e preciso dizer que eu gostei deste livro. É muito bom. Mas, é apenas isso, sabe? Igual aos anteriores! Ainda falta o algo a mais, algo arrebatador e de tirar o fôlego, que faça o meu queixo cair e realmente me surpreenda. As últimas 60 páginas foram mais alucinantes e cheias de reviravoltas do que o resto do livro, e acho que elas devem servir de exemplo, porque não reclamaria de ter um livro inteiro com esse ritmo. 

Enfim, a série está caminhando pra um desfecho interessante e mesmo acreditando em um final feliz, Rick sabe como nos envolver na trama e transmitir as dificuldades que cada missão reserva aos nossos heróis, nos fazendo ficar com o coração na mão em relação a seus destinos. 

P.S: Estou sentindo falta do Grover! Treinador Hedge é legal, mas Grover é insubstituível. 

P.S 2: Cronos fica no chinelo se comparado a Gaia. Ela tem meu ódio eterno, principalmente por ficar colocando o Leo pra baixo. Definitivamente, sou Time Leo!

P.S 3: Que final inusitado, louco, desvairado foi aquele, hein? Tio Rick quer nos fazer perder a sanidade, é?!

Beijos e até a próxima!

6 comentários:

  1. Tá, eu preciso inventar uma forma diferente de elogiar suas resenhas porque agora eu estou começando a me repetir. De novo, a forma que você transmite na escrita a sua empolgação pela história é capaz de convencer qualquer um a ler o livro.
    Mas, admito que esse é muito provável que eu não leia. Meu santo não bate com o da literatura juvenil. Nem Harry Potter me pegou (filmes ou livros, nem mesmo quando eles lançaram e eu tinha a idade do público-alvo), então esse eu tenho certeza que não vai. Não sei, às vezes eu penso que devia pegar um livro desse tipo só pra ver no que dá, mas, se acontecer, não vai ser tão cedo...

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    1. Muito obrigada :D Fico feliz que você goste das resenhas! Não tenho certeza se sou tão persuasiva assim, mas tento haha
      Eu leio bastante literatura juvenil ainda, apesar de estar quase saindo dessa idade. Algo nos personagens me conquista ou a maneira como os temas são abordados. Nem Harry Potter? Uau! Mas, cada um tem um gosto, né? haha Talvez se pegasse um livro mais enxuto desse gênero o qual a premissa tenha te atraído, quem sabe aí você não curte?

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  2. Deblinda! Ai que saudade de ver uma postagem sua! Como você ta? Você deu uma sumida do twitter e talz :( eu também né, então somos culpadas!
    Assim, essa saga está entre "quero e não quero" e nem me pergunte, preciso parar e me dedicar sabe?
    Nossa, Percy e os amigos dele parecem estar em uma situação bem complicado e com uma falta de sorte danada, pelo que estou lendo aqui. Já me deu aquela pontadinha de raiva de coceira quando tudo começa a dar errado e quando existe conflitos entre o grupo, odeio isso, do fundo do coração, como você disse, eles já estão com problemas demais, acontece mais coisas ainda pra piorar e eles começam a brigar? Da vontade de entrar na história, fazer todo mundo sentar e colocar as cartas na mesa,[bem mãe da minha parte, não é mesmo?]
    Hm, essa missão parece ser bem perigosa, o nome já me deu calafrios aqui, fico tentando imaginar como esse porta deve ser! Acho que o fato das personagens serem tão diferentes é o que os mantem mais unidos, e cria toda a diversão do livro também, quando os atritos são leves, é claro.
    Pela sua resenha [maravilhosa, falando nisso <3] o livro está equilibrado entre o humor e aqueles momentos sérios, porque como você disse, eles começam a se aproximar de sua importante missão, então é claro que toda a tensão vai aumentar, impossível não. Tenho o primeiro livro aqui, mas não li ainda, mas prometo que logo vou ler, e espero me encantar tanto quanto você com essa saga e esse grupo excêntrico mas que ainda assim, se da bem e a cada livro estão evoluindo e crescendo juntos! <3

    Beijos minha linda!
    Percepções Blog | Grupo: Mais um livro, Por favor!

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    1. Felinda <3 Comentário mais lindo EVER <3 E obrigada pelos elogios :3
      Eu estou bem e você? Dei uma sumida porque entrei de férias e na casa dos meus pais não tem internet :(
      Eu meio que estava assim também antes de começar, porque sou muito fão de Percy e os Olimpianos e não queria estragar a minha visão da história, mas não resisti haha O Rick é especialista em deixar eles em enrascadas e essa está muito complicada MESMO! Sim, eu meio que ficava querendo entrar no livro e socar eles, tipo "se acertem, o mundo depende de vocês", mas dá pra entender o lado deles também. Bem mãezona mesmo <3
      Acho que se todos fossem iguais os atritos iam ser bem maiores, afinal diversidade é vida :3
      Acho que apesar de ter sentido falta de mais humor, o equilíbrio é ótimo. O Rick soube balancear muito bem os sentimentos e o andamento da história!
      Ah, espero que leia e goste e continue lendo os outros, vale muito a pena acompanhar esse grupo lindo, engraçado e unido <3
      Beijooooos, lindona!

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  3. Flor! Eu amo também o tipo de humor que esse autor tem ao escrever! Eu li a série do Percy J. e parei ali, agora que eu me toquei que essa segunda série do autor, tem como principais ele também! Adorei, quero comprar todos os livros da série e ler em seguido como eu gosto de fazer! Parabéns pela resenha e amei a dica!
    Nova Resenha: O Artífice - Tony Ferraz
    http://overdoselite.blogspot.com.br/2014/09/resenha-o-artifice-tony-ferraz.html
    Beijos - Paulinha Juliana - Overdose Literária!

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    1. Rick é rei no humor sarcástico <3 Ler um atrás do outro é uma boa, porque assim você não esquece dos pequenos detalhes que fazem a diferença.
      Beijos

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