Resenha: No Limite da Atração - Katie McGarry

Título: No Limite da Atração
Autor(a): Katie McGarry
Editora: Verus
Páginas: 364
SKOOB

Sinopse: Ninguém sabe o que aconteceu na noite em que Echo Emerson, uma das garotas mais populares da escola, se transformou em uma “esquisita” cheia de cicatrizes nos braços e alvo preferencial de fofocas. Nem a própria Echo consegue se lembrar de toda a verdade sobre aquela noite terrível. Ela só gostaria que as coisas voltassem ao normal.
Quando Noah Hutchins, o cara lindo e solitário de jaqueta de couro, entra na vida de Echo, com sua atitude durona e sua surpreendente capacidade de compreendê-la, o mundo dela se modifica de maneiras que ela nunca poderia ter imaginado. Supostamente, eles não têm nada em comum. E, com os segredos que ambos escondem, ficar juntos vai se mostrar uma tarefa extremamente complicada.
Ainda assim, é impossível ignorar a atração entre eles. E Echo vai ter de se perguntar até onde é capaz de ir e o que está disposta a arriscar pelo único cara que pode ensiná-la a amar novamente. No limite da atração é um livro sexy e envolvente sobre o amor de duas pessoas que estão perdidas e que juntas tentam desesperadamente se encontrar.

Já fazia tanto tempo que não lia um New Adult que até havia esquecido como eles nos deixam bobinha, torcendo para que o casal fique junto... Bom, No Limite da Atração trouxe essa sensação e muito mais, ainda que tenha deixado a desejar em alguns aspectos. Nele temos capítulos alternados do ponto de vista do casal em questão: Echo e Noah. O cenário é o último ano do colegial onde Echo, que era muito popular no ano anterior, se torna a esquisita/excluída da escola após ter passado por um acontecimento traumático que deixou seus braços cobertos por cicatrizes. Tão traumático que seu cérebro simplesmente bloqueou as lembranças dele. Como se não fosse o suficiente, ninguém quer contar a Echo o que aconteceu, e ela ainda precisa lidar com a perda de seu irmão mais velho, o afastamento de sua mãe (que sofre de bipolaridade), o pai controlador e a gravidez de sua madrasta (que ela não suporta). 

Noah é um jovem perturbado que, após a perda dos pais, passou por diversos lares adotivos, se envolveu com drogas, nunca deu valor a nenhuma garota e só pensa em tentar conseguir a custódia de seus dois irmãos mais novos, que foram afastados dele. 

Echo e Noah acabam se conhecendo no consultório da Sra. Collins (onde fazem terapia), uma assistente social que tem um papel bem importante na história e acabou se tornando a minha personagem preferida. A atração entre eles surge bem rápido, o que eu já esperava, pois é algo típico nesse gênero literário. No entanto, a envolvimento de ambos não ocorre tão instantaneamente, principalmente por Echo tentar não se relacionar com Noah por conhecer sua fama de pegador canalha. 

A escrita da autora é ótima, flui bem. O detalhe de alternar os pontos de vista nos capítulos foi uma boa jogada. Desse jeito a história acabou por se tornar mais ampla, pois enquanto Echo estava em sua jornada por conseguir respostas sobre suas cicatrizes, podíamos também acompanhar Noah em seus planos para o futuro, como ele pretendia tomar a guarda dos irmãos, o quanto ele sentia falta dos pais, o modo como ele se apaixona por Echo... 

"O pior tipo de choro não era o que todo mundo podia ver - os gemidos, as roupas rasgadas. Não, o pior tipo acontecia quando sua alma chorava e, não importava o que você fizesse, não havia consolo. Algo murchava e se tornava uma cicatriz na parte da alma que sobrevivia. Para pessoas como a Echo e eu, a alma tinha mais cicatrizes do que vida." Pág. 256

“Ah, Ketelin, mas então porque você deu 4 estrelas?” Por alguns motivos que explicarei agora. Primeiro: O ambiente do colégio. Sim, eu entendo que adolescentes geralmente não são lá um poço de maturidade. Mas ainda assim, achei a maioria das coisas que aconteciam muito clichês e forçadas, bem estilo filme da sessão da tarde. Segundo: Parece-me que a autora quis tanto criar uma trama mais profunda ao tratar de assuntos mais fortes que acabou se perdendo. Ela se ateve tanto no drama da vida dos personagens que não explorou o romance entre eles tanto quanto poderia.  Além disso, esperava uma grande surpresa quando Echo descobrisse o motivo de seus machucados nos braços, mas quando a revelação surgiu achei um tanto surreal e não muito interessante. 

Bom, apesar dessas ressalvas o livro no geral me agradou bastante e me proporcionou boas horas de leitura. Algumas vezes os personagens me irritavam um pouco com algumas atitudes, mas nada que não fosse compreensível. Portanto, apesar de não ter amado o livro, eu o indico sim. Um alerta: quem gosta de romances NA tem altas chances de se apaixonar por ele! 

2 comentários:

  1. Oi Ketlinda! Tudo bom?
    Não sei porque mas adoro quando o principal ambiente é o escolar, as coisas proibidas sempre acontecem lá, sem contar nas intrigas e muito mais. A vida dela tem um reviravolta bem radical, não é? Fico me perguntando o que causou as cicatrizes e NÃO SUPORTO essa mania das pessoas não falarem o que acontece, o que custa? Ela também passa um aperto em casa, fico me perguntando como ela está aguentando.
    Gosto muito dos capítulos alternados, como você disse a história fica muito mais ampla, sem contar que não ficamos apenas seguindo a jornada de um protagonista. Confesso que fiquei surpresa com Noah, de querer os irmãos de volta, ter um futuro e a saudade ainda estar ali, é nesse momento que vemos que ele não é feito de pedra. Sobre a atração esperamos que aconteça rápido, mas gostei de ler que algo não acontece logo de cara entre eles, assim da um pouco de realidade na história e não é o mesmo clichê de sempre.
    Nem todo livro é perfeito e precisamos sempre lembrar que autores também são humanos. Sempre que pego um livro, já tenho a ideia de que algo não vai me agradar, e tem sempre aquele momento mais parado ou quando estamos em conflito com os protagonistas e suas atitudes. E como você, já estou encantada e quero MUITO ler essa história! Amei a resenha!

    Beijinhos,
    www.percepcoes.blog.br

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    1. Oi! Tudo ótimo, e contigo?
      Que bom que gostou!
      Sim, também tento nunca pegar um livro pra ler com a ideia que tudo nele é perfeito, pois depois a decepção pode ser muito grande quando você encontrar coisas durante a leitura que não lhe agradam. Né?
      Se você gosta de new adults aposto que vai amar mesmo ;)

      Beijos!

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