Resenha: Misery - Stephen King

Título: Misery - Louca Obsessão
Autor(a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 326
SKOOB
Sinopse: Paul Sheldon é um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados por Misery Chastain. No dia em que termina de escrever um novo manuscrito, decide sair para comemorar, apesar da forte nevasca. Após derrapar e sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira aposentada Annie Wilkes, que surge em seu caminho.
A simpática senhora é também uma leitora voraz que se autointitula a fã número um do autor. No entanto, o desfecho do último livro com a personagem Misery desperta na enfermeira seu lado mais sádico e psicótico. Profundamente abalada, Annie o isola em um quarto e inicia uma série de torturas e ameaças, que só chegarão ao fim quando ele reescrever a narrativa com o final que ela considera apropriado. Ferido e debilitado, em Misery – Louca obsessão, Paul Sheldon terá que usar toda a criatividade para salvar a própria vida e, talvez, escapar deste pesadelo. 

Paul Sheldon é um escritor famoso entre o público feminino por ser o criador da série de livros de romance que acompanha a trajetória da personagem Misery Chastain. No entanto, cansado de escrever a série, decide pôr fim a ela e dedicar-se a outros gêneros literários.  Perto de lançar seu mais novo livro (e confiante de que ele seria um sucesso), Paul decide fazer uma pequena viagem de comemoração. Mas o inesperado acontece: ele sofre um acidente. Ao acordar, se vê num quarto totalmente estranho, e não demora a descobrir que está na casa de Annie Wilkes, uma mulher de meia idade, ex-enfermeira, que adora os livros de Misery e se intitula “fã número um” de Paul. 

O problema? Paul teve as pernas terrivelmente machucadas no acidente, por isso a princípio não consegue nem sequer sair da cama sem ajuda. Como se não bastasse, ainda percebe que está viciado em Novril, um forte medicamento que Annie lhe dá para a dor. Hmm... ainda não é o suficiente? Bom, então também há o fato de que Annie decide não deixar Paul ir embora antes de escrever, exclusivamente para ela, mais um romance sobre Misery, uma vez que ela não ficou nada contente com o desfecho que ele dera à série. Inicia-se assim, uma longa e torturante jornada, onde Paul precisará não apenas escrever um livro, mas lutar para permanecer vivo.
"Ele descobrira três coisas quase simultaneamente, uns dez dias após ter emergido da nuvem escura.
A primeira era que Annie Wilkes tinha bastante Novril.
A segunda era que ela era viciada em Novril.
A terceira era que Annie Wilkes era perigosamente louca."
Esse é o terceiro livro que leio do autor Stephen King, mas já me considero irremediavelmente apaixonada por sua escrita, por suas histórias e personagens. Em Misery, ele nos mostra o que uma pessoa pode fazer quando sua sanidade mental é comprometida com a obsessão por algo. Annie é o perfeito exemplo de o quanto as aparências enganam: com a típica expressão de boa senhora, ninguém é capaz de imaginar as barbáries as quais ela é capaz.  
"Ele se recostou, cobriu os olhos com o braço e tentou agarrar-se à raiva que sentia, pois a raiva o deixava valente. Um homem valente conseguia pensar. Um covarde, não."
Você percebe que King é um escritor phoda quando nota que toda a trama de Misery desenrola-se basicamente em um único cenário (o quarto), com apenas dois personagens, e ainda assim a leitura não se torna tediosa em momento algum. Narrado em 1ª pessoa por Paul – intercalando com alguns capítulos de O Retorno de Misery, livro que ele está sendo obrigado a escrever – sentimos todo seu medo, o esforço em tentar manter-se são apesar de tudo, e a agonia por estar enclausurado e sendo maltratado. Mas tudo isso, claro, com belas pitadas de humor negro e pensamentos sarcásticos, fazendo com que eu risse em diversas situações onde a reação mais esperada seria, na verdade, estar olhando totalmente horrorizada para as páginas

Misery é um clássico terror psicológico, que te prende do início ao fim, que te choca e te faz agonizar junto do protagonista, não só por presenciar a crueldade infligida a ele, mas também por nunca saber o que pode acontecer a seguir.  


P.S.: Quando terminei de ler o livro só conseguia pensar “Gente, cadê uma adaptação desse livro?”. E ADIVINHA SÓ? Tem! Não sei se era a única desinformada sobre isso, mas enfim que há um filme de 1990, intitulado Misery (ou Louca Obsessão, no Brasil), que inclusive rendeu um Oscar de Melhor Atriz a Kathy Bates, que interpretou o papel de Annie. Nem preciso dizer que estou morrendo de vontade de assistir, né?



Um comentário:

  1. Eu amo o Stephen e já li vários livros dele, mas esse ainda não. Gostei bastante da resenha e já estou seguindo o seu blog. Adorei tudo por aqui! Um enorme beijo.
    Fique á vontade para visitar meu blog. http://palavrasambulantes.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu comentário...