Resenha: Cidade das Almas Perdidas - Cassandra Clare

Título: Cidade das Almas Perdidas
Autor (a): Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 434
SKOOB
Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?

Depois de ser deixado sozinho no telhado com Sebastian, Jace desapareceu e ninguém sabe onde ele está. Cidade das Almas Perdidas começa exatamente onde Cidade dos Anjos Caídos terminou. Semanas se passam sem Clary receber uma notícia do paradeiro de Jace e mesmo com toda a Clave realizando um busca pelos dois nada foi encontrado. Alec, Izzy e Clary estão aterrorizados com todas as possibilidades do que pode ter acontecido com Jace, principalmente por Sebastian estar envolvido. O que eles nem sequer desconfiam é que agora Jace está ligado a Sebastian e não tem mais vontade própria e isso significa que ele é o novo melhor amigo de Sebastian (I KNOW RIGHT), que claro tem um plano maligno e diabólico que me deixa enojada só de lembrar. 

Entretanto, mesmo que Jace não seja mais Jace ele ainda tem lá suas prioridades, ou seja, ele ainda quer a Clary por perto. Então, não é nenhuma surpresa quando ele decide levá-la para formar o trio do mal (tô empolgada, desculpa), mesmo sabendo do perigo e que Jace não é o mesmo ela aceita (porque dã, ela é a Clary, faz coisas estúpidas), enquanto Simon, Alec, Izzy e Magnus tentam descobrir um jeito de parar Sebastian e separar o laço dele com Jace. 

"Pois frequentemente, quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo."
Gostaria de saber se existe algum outro jeito de ler um livro de Instrumentos Mortais que não seja virando as páginas furiosamente, mal piscando e respirando e com o coração apertado com os constantes acontecimentos de tirar o fôlego. Bom, porque é exatamente assim que cada livro tem sido para mim, especialmente Cidade das Almas Perdidas. Pode ser que devido ao ritmo mais lento e parado do volume anterior, eu tenha me empolgado com a miríade de situações tensas e difíceis, mas não posso negar que o quinto livro da saga é com certeza um dos melhores.

Cassandra Clare atingiu o seu auge. Tudo o que há de melhor em sua escrita e capacidade de criar tramas interessantes e bem construídas se encontram na melhor forma nesse volume. Ter Sebastian e Clary convivendo e realmente conhecer Sebastian, entendê-lo melhor e agora sim odiá-lo com propriedade com certeza foram um dos melhores momentos. Os diálogos ambíguos e cheio de significados entre os dois deixam o coração na boca. E o que mais me surpreendeu foi o modo como a Cassandra conseguiu diferenciar o Jace do Jace possuído. É ele ali ainda, entendem? Mas ao mesmo tempo não é! São pequenas coisas sutis e além de, claro, uma maior frieza e a falta da amada arrogância e sarcasmo. Ah, senti tanta falta do sarcasmo!
"- Eu me apaixonei por você - disse ele -, porque você é uma das pessoas mais corajosas que já conheci. Então, como poderia pedir que você deixasse de ser corajosa só porque a amo?"
Mas para compensar a falta de humor do Jace temos Magnus, que tem um destaque muito maior nesse volume (claro que isso não tem nada a ver com o fato de eu ter amado tanto o livro) e de quebra conseguimos algumas informações misteriosas sobre seu passado. O relacionamento de Simon e Izzy está mais confuso do que nunca, mas também nunca esteve mais incrível. 

Realmente gostaria de poder lhes revelar todos as cenas marcantes, tensas, grandiosas, emocionantes que estão em cada página de Cidade das Almas Perdidas porque só assim vocês entenderiam o quanto a leitura voa e ler mais um capítulo e mais um e mais um nunca é suficiente. 

 TMI resumido em 140 caracteres. (Meu twitter: resenhas em tempo real.)
Dividir o andamento da história em dois núcleos principais (núcleo Trio do Mal e Equipe do Bem) foi uma sábia decisão, pois os papéis ficaram bem distribuídos e sempre algo interessante está acontecendo, seja de um lado ou do outro. O que posso dizer é que se você chegou vivo até aqui, se prepare porque seus nervos vão ser testados. Cassandra Clare pode não ser uma autora livre de defeitos (nenhum autor é), mas ela faz um grande e ótimo trabalho com essa série e eu só tenho a agradecer por me dar tantos motivos para passar horas lendo algo mágico e incrível e cenas/personagens para surtar e fangirlar. 


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